A hanseniáse, anteriormente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Afetando principalmente a pele e os nervos periféricos, a hanseniáse ainda é um problema de saúde pública em diversos países, incluindo o Brasil. No entanto, seu tratamento é eficaz e oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Como ocorre a transmissão?
A hanseniáse é transmitida pelas vias respiratórias, através de gotículas de saliva ou secreções nasais de pessoas infectadas. Para que ocorra o contágio, é necessário um contato próximo e prolongado com o portador da doença. Vale ressaltar que a transmissão é interrompida logo nos primeiros dias de tratamento adequado.
Principais sintomas da hanseniáse
Os sintomas da hanseniáse podem variar de acordo com o grau de acometimento do paciente, mas incluem:
- Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas na pele, com perda de sensibilidade;
- Dormência e formigamento nas extremidades do corpo (mãos, pés e rosto);
- Perda de pelos e alteração na transpiração da região afetada;
- Espessamento de nervos periféricos, causando dor e fraqueza muscular;
- Retração dos dedos das mãos e pés, podendo levar a incapacidades físicas se não tratada.
Diagnóstico
O diagnóstico da hanseniáse é feito por avaliação clínica e exames laboratoriais. Os principais exames incluem:
- Exame dermatoneurológico: avaliação da sensibilidade e das lesões na pele;
- Baciloscopia: análise laboratorial de amostras coletadas das lesões para identificar a presença da Mycobacterium leprae;
- PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): exame molecular que detecta a presença do DNA da bactéria com maior precisão;
- Teste rápido sorológico: identifica anticorpos específicos contra a Mycobacterium leprae e auxilia na detecção precoce da doença.
Tratamento
A hanseniáse tem cura e o tratamento é realizado por meio da Poliquimioterapia (PQT), que consiste no uso combinado de antibióticos, como rifampicina, dapsona e clofazimina. A duração do tratamento varia entre seis a doze meses, dependendo da gravidade da doença.
O tratamento é gratuito e oferecido pelo SUS, e o paciente não precisa ser isolado, pois a transmissão é interrompida logo nos primeiros dias de medicação.
Prevenção
A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce e o tratamento imediato dos casos detectados. Além disso, a vacina BCG, aplicada rotineiramente em crianças, pode auxiliar no fortalecimento do sistema imunológico contra a hanseniáse.
Conclusão
A hanseniáse é uma doença que pode causar graves complicações se não for tratada a tempo. Entretanto, com o avanço da medicina e o acesso gratuito ao tratamento pelo SUS, a cura é possível e a transmissão pode ser interrompida rapidamente.
Se você ou algum conhecido apresentar sinais da doença, procure uma unidade de saúde para avaliação. Compartilhe esse conteúdo e ajude a combater o estigma e a desinformação sobre a hanseniáse!